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Resenha - 1984 (George Orwell)

  • Foto do escritor: Hannah Mesquita
    Hannah Mesquita
  • 1 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Leitura do Mês de Abril (2021) do AMAZONAS Clube de Leitura


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Falar sobre 1984, livro escrito em 1949 por George Orwell, bem em meio à ascensão do “Big Brother” no Brasil e saindo de uma década marcada por incríveis distopias (Jogos Vorazes, Divergente...) não parece ser uma tarefa nada fácil para mim, mas não custa tentar.


“1984” é um daqueles livros que você lê várias vezes e em cada reencontro com a obra percebe um fato relevante que passou despercebido na leitura anterior. A história começa já mostrando as caraterísticas do mundo vivenciado por Winston, mundo esse que controla as ações e pensamentos de todos os cidadãos, os quais são vigiados habitualmente pelas “teletelas” – telas instaladas nos ambientes públicos e privados, capazes de ouvir e vistoriar tudo redor.


A característica principal da obra é analisar a forma que o Governo instituído controlava a mente de todos, fazendo com que esses não tivessem noção nem mesmo de em que ano estavam, dos acontecimentos passados ou até mesmo recentes: todos deveriam pensar como o “Grande Irmão” queria, até que, eventualmente, parassem de pensar.


“A burrice era tão necessária quanto a inteligência, e igualmente difícil de ser adquirida”

No decorrer da trama, Winston (um dos poucos que ainda possuem a capacidade de lembrar e refletir sobre momentos passados) nos mostra características dessa nova configuração mundial, de forma a abordar os paradoxais Ministérios de seu continente e a nova configuração lexical: a “Novafala”.


Essa nova abordagem de comunicação, a qual é claramente um dos aspectos principais da obra para o autor, busca reduzir gradativamente o uso de palavras “desnecessárias”. Diferentemente da nossa fala convencional, ela buscava restringir o pensamento humano.


Vale dizer que existem várias formas de analisar a “novafala” (filosoficamente, historicamente), mas aí você vai ter que ler para saber!


Na segunda parte da obra, Winston conhece Julia, com a qual passa ter relações sexuais, emocionais e intelectuais. Entretanto, por ser teoricamente casado, o relacionamento tem que ser escondido. Juntos, eles tentam superar as imposições impostas pelo Estado, mas essa ação leva a história para um cenário diferente do esperado, tornando esse livro distinto dos outros, pois seu final não pretende dizer que a humanidade sempre vence ou que tudo vai ficar bem, mas sim como nossa mente é manipulável e nosso cérebro sempre tenta mostrar a verdade que garante a nossa sobrevivência.


"Mas estava tudo bem, estava tudo certo, a batalha chegara ao fim. Ele conquistara a vitória sobre si mesmo. Winston amava o Grande Irmão"

Esse clássico estudado por cientistas de diferentes áreas e lido por diferentes gerações não permanece nas nossas estantes por despertar esperança ou por ser divertido de ler, mas por abordar o totalitarismo e a nossa visão sobre o mundo e nós mesmos. É uma obra que a leitura de resumos não serão suficientes para se captar sua essência, você simplesmente terá de lê-la.

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