Indicação - Mary Stuart (Alexandre Dumas)
- Letícia Marques

- 20 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de mai. de 2021

"Mary Stuart" é uma obra de ficção, baseada em figuras/fatos históricos, escrita pelo francês Alexandre Dumas - autor de livros como "Os Três Mosqueteiros" e "O Conde de Monte Cristo" - em 1839.
Porque sou uma princesa livre e nasci rainha, sem obedecer a ninguém exceto a Deus, o único a quem devo dar conta das minhas ações.
O livro narra a trajetória de Mary Stuart, rainha da Escócia, desde sua infância na França, à sua morte na Inglaterra, passando por momentos como a ascensão ao trono francês e a chegada à Escócia após anos longe de seu país de origem.
Nasci rainha, princesa soberana, e não sujeita às leis, parente próxima da Rainha da Inglaterra e de seu legítimo herdeiro. Sou prisioneira há muito tempo neste país, sofri aqui muitas provações e muitos males que ninguém tinha o direito de infligir a mim e, agora, para coroar tudo, estou prestes a perder minha vida. Bem, milordes, sejam testemunhas de que eu morro na fé católica, agradecendo a Deus por me deixar morrer por Sua santa causa.
Vale ressaltar que muitos dos assuntos e eventos retratados na obra de Dumas são distorções dos fatos verídicos ou, até mesmo, não tem comprovação histórica, ou seja, são apenas rumores e suposições feitas ao longos dos anos - quem não adora uma teoria bem elaborada, não é mesmo?
Nesse enredo, amor e tragédia se misturam para compor a narrativa da rainha que teria sacrificado tudo o que tinha por amor e pereceu nas mãos da prima invejosa.
O próprio autor comenta no início do livro que os séculos passaram, mas a figura de Mary Stuart continua cercada de mistérios e contradições, e por isso costuma dividir opiniões. Dumas, apesar de não admitir claramente, deixa transparecer em sua narrativa certa admiração pela Rainha dos Escoceses, pintando - constantemente - Elizabeth I, "rival" de Mary, como uma mulher invejosa e insegura.
De maneira geral, a obra proporciona uma leitura interessante, com uma escrita de fácil entendimento (os diálogos trazem algumas marcas temporais, mas, mesmo assim, não complicam o entendimento). "Mary Stuart", com certeza, não pode ser usado como fonte de pesquisa para detalhes históricos, porém não deixa de ser uma ótima opção de leitura para se aprofundar no século XVI e na realidade da Escócia/Inglaterra nesse período.
ADAPTAÇÕES CINEMATOGRÁFICAS
A história de Mary Stuart, assim como a de Elizabeth I (é difícil falar sobre uma sem citar a outra), já foi contada e recontada diversas vezes, algumas mais verossímeis que outras. Por isso, deixaremos a seguir algumas sugestões.
Da esquerda para a direita:
Mary Stuart, Rainha da Escócia (título original: Mary, Queen of Scots), de 1971;
Mary, Rainha da Escócia (Mary, Queen of Scots), de 2013;
Duas Rainhas (Mary, Queen of Scots), de 2018; e
Reinado (Reign), de 2013 a 2017 [série].













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